17/07/20

Conta-nos uma história

No âmbito do concurso "Conta-nos uma história" foi a concurso um projeto dos alunos do 4.º ano da professora Carla Marques da EB Cantanhede Sul.
Foi um trabalho que partiu da viagem de Fernão de Magalhães e resultou num texto e num pequeno filme que agora apresentamos!
Os nossos parabéns!

De plana a redonda, uma aventura incrível!



De plana a redonda, uma aventura incrível!

Personagens
Sofia, Jorge, Miguel, Vasco, Maria, Isabel, Gil, Ana 

Crianças à volta de uma mesa com um globo e uns barcos em miniatura. Vão conversando e girando o globo… Conversam enquanto vão girando o globo…

Sofia – Foi gira a história que ouvimos hoje na aula! 
Jorge – Também gostei. Uma aventura incrível!
Miguel – Pode ser que um dia eu também a faça! Gosto tanto de viajar...
Gil – Pode ser que o consigas. Um dia havemos de repetir a viagem de Fernão de Magalhães!
Jorge – A 1ª viagem à volta do mundo! (com muito entusiasmo)
Maria – Fernão de Magalhães apresentou o projeto ao rei D. Manuel I. Queria que o rei lhe desse uma armada que, de Lisboa, atravessando o oceano Atlântico, chegaria ao oceano Pacífico para daí alcançaria as terras das especiarias.
Jorge – As especiarias valiam fortunas na Europa...
Miguel – Só que D. Manuel não aceitou…, pois não?
Isabel – Pois não! Foi por isso que Magalhães foi ter com o rei de Espanha, que logo se mostrou interessado.
Gil – Até parece que estou a ver a cena…

Cena da partida
Personagens
1. Fernão de Magalhães (comandante da armada e da Trinidad)
2. Henrique (escravo de Magalhães)
3. Sebastião DelCano (navegador que conseguiu chegar a Espanha, comandando a Vitoria)
4. Antonio Pigafetta (cronista que faz os registos da viagem)
5. Luis de Mendonza (comandante da Vitoria)
6. Juan de Cartagena (comandante da San Antonio, maior nau que transporta a maioria dos víveres e que depois de desertar chega a Sevilha em maio de 1521)
7. Gaspar de Quesada (comandante da Concepción)
8. Juan Serrano (comandante da Vitoria).

Conversam na proa do navio.
Magalhães – Bom, meus senhores, tudo a postos para a partida de amanhã? Juan de Cartagena?
Juan de Cartagena – Sim, comandante. A nau San Antonio está pronta. E carregada para nos alimentar!
Magalhães – E a vossa, Luis de Mendonza?
Luis de Mendonza – A Vitoria tem tudo. Levamos 45 homens.
Magalhães – Gaspar de Quesada?
Gaspar de Quesada – Tudo pronto na Concepción. Deus esteja connosco! (benze-se)
Magalhães – E a vossa, Juan Serrano?
Juan Serrano – A Santiago, apesar de pequena, também está a postos.
Magalhães – Muito bem, a minha, a Trinidad, também está pronta. 62 homens já estão a bordo. Pigafetta, está pronto para fazer todos os registos?
Pigafetta – Sim, comandante. Tenho tudo pronto para escrever sobre todos os momentos importantes da nossa viagem.
Magalhães – Henrique, vamos embora que amanhã temos de partir cedo.
Henrique – Sim, meu amo!

Volta à cena das crianças. 
O Jorge vai fazendo avançar o(s) barco(s) conforme vai relatando a viagem.
Sofia – No dia seguinte, a 20 de setembro de 1519, partiram rumo à aventura.
Ana – Desceram pela costa africana, cruzaram o oceano Atlântico e percorreram a costa da América do sul até ao rio da Prata.
Miguel – Daí para a frente é que foi difícil. Começa o frio... o gelo...
Sofia – E a tripulação dos navios a desconfiar que não iam chegar a lado nenhum. Alguns até pensaram que iam em direção ao fim do mundo... ao Inferno!
Isabel – Foi por isso que os comandantes de 3 naus se amotinaram.
Miguel – Essa parte não percebi!
Gil – É fácil! Como não tinham a certeza de encontrar a passagem para o Oriente e as condições de navegação eram horríveis, revoltaram-se e queriam voltar para Espanha.
Maria – Mas Magalhães conseguiu controlar a revolta, embora tenha perdido a nau Santiago. Parece que se perdeu lá nos confins!
Miguel – E foi no dia 15 de outubro de 1520 que deram com aquilo que parecia uma baía mas que afinal não era...
Sofia – Era um estreito labiríntico onde tiveram dias de terríveis tempestades, com um mar tenebroso e tudo o que pode haver de mal. (som de mar em tempestade)
Ana – Aí viram pinguins e uns homens enormes e patudos. (a imaginar)
Vasco – Os homens eram realmente altos, tinham cerca de 1,80m e cobriam os pés com peles de animais. 
Ana – Ah! Patudos... Daí a Patagónia!
Vasco – Mas lá conseguiram passar, exceto a nau San Antonio. Dias mais tarde, chegaram à conclusão que era o estreito que dava passagem para o oceano Pacífico.
Sofia – Passagem a que deram o nome de…
Todos em coro - Estreito de Magalhães!!!
Jorge – Também um dia gostaria de ter um sítio com o meu nome!
Miguel – Só se for em Marte, não? (risos)
Ana – No Pacífico a situação não melhorou: andaram 4 meses neste oceano, praticamente sem alimentos. (2 marinheiros famintos (os + magros) a comerem couro)
Vasco – Depois dos ratos, até couro comeram!
Maria – Que nojo…
Gil – A 28 de março de 1521, avistaram pássaros. Foi uma alegria enorme… Sinal que havia terra por perto.
Isabel – Tinham chegado finalmente ao arquipélago das Filipinas! Magalhães tinha conseguido o seu objetivo. Estava também provado que a terra era redonda!
Maria – Mas para sua desgraça vai meter-se em lutas e acaba por ser morto na ilha Mactan. (sons de lutas: gritos e espadas)
Jorge – Três anos depois da partida, foi o comandante espanhol Juan Sebastián Elcano que acabou por fazer o caminho de regresso através do Índico, dando a volta a África e indo para norte, pelo Atlântico. (no mapa vai-se mostrando um barquinho, com o nome dele, a percorrer a rota)
Miguel – Estava terminada a grande viagem! 
Sofia – É verdade! Apesar das dificuldades e das mortes, a viagem de Fernão de Magalhães foi importantíssima para o conhecimento dos mares…
Gil – E da Terra… que de plana passou a redonda!
(risos)


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